02-12-2014 às 11:10 diariodigital.sapo.pt
Criminoso de guerra nazi Brunner morreu provavelmente na Síria

Um dos criminosos de guerra nazistas mais procurados do mundo, Alois Brunner, morreu muito provavelmente na Síria, há quatro anos, disse na segunda-feira Efraim Zuroff, director em Jerusalém do Centro Simon Wiesenthal.

«Estou quase certo de que Alois Brunner já não está vivo e que morreu há quatro anos, na Síria, onde vivia como refugiado», revelou Zuroff.

«Obtivemos esta informação de um antigo agente dos serviços de Inteligência da Alemanha e decidimos retirar Brunner da lista de criminosos nazis procurados», destacou Zuroff.

Nascido em 1912, Brunner era o braço direito de Adolf Eichmann, principal responsável pelo extermínio de judeus durante a II Guerra Mundial.

Brunner foi responsável pela deportação de 128.500 judeus para campos de extermínio e escapou de várias tentativas de assassínio com cartas-bomba, atribuídas à Mossad, os serviços secretos israelitas.

Em França, Brunner foi - a partir de Julho de 1943 - chefe do campo de concentração de Drancy, na região de Paris, e responsável pela deportação para Auschwitz de cerca de 24 mil judeus franceses ou residentes na França.

Brunner também esteve directamente envolvido na deportação de 47.000 judeus austríacos, 44.000 gregos e 14.000 eslovacos.

«Era um fanático anti-semita, um sádico, que se envolveu totalmente em massacres de judeus europeus», disse Efraim Zuroff.

Segundo o centro Wiesenthal e a imprensa internacional, após a guerra Brunner fugiu para Damasco com o nome de "Georg Fischer". A Alemanha e outros países pediram a sua extradição, sem sucesso.

Após o provável falecimento de Brunner, o criminoso de guerra nazi mais procurado é agora Gerhard Sommer, um antigo oficial da 16ª Divisão SS Reichsführer, condenado à revelia em Junho de 2005 a prisão perpétua pela morte de 560 civis italianos na Toscana (Itália).

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