Um dos criminosos de guerra nazistas mais procurados do mundo, Alois Brunner, morreu muito provavelmente na Síria, há quatro anos, disse na segunda-feira Efraim Zuroff, director em Jerusalém do Centro Simon Wiesenthal.
«Estou quase certo de que Alois Brunner já não está vivo e que morreu há quatro anos, na Síria, onde vivia como refugiado», revelou Zuroff.
«Obtivemos esta informação de um antigo agente dos serviços de Inteligência da Alemanha e decidimos retirar Brunner da lista de criminosos nazis procurados», destacou Zuroff.
Nascido em 1912, Brunner era o braço direito de Adolf Eichmann, principal responsável pelo extermínio de judeus durante a II Guerra Mundial.
Brunner foi responsável pela deportação de 128.500 judeus para campos de extermínio e escapou de várias tentativas de assassínio com cartas-bomba, atribuídas à Mossad, os serviços secretos israelitas.
Em França, Brunner foi - a partir de Julho de 1943 - chefe do campo de concentração de Drancy, na região de Paris, e responsável pela deportação para Auschwitz de cerca de 24 mil judeus franceses ou residentes na França.
Brunner também esteve directamente envolvido na deportação de 47.000 judeus austríacos, 44.000 gregos e 14.000 eslovacos.
«Era um fanático anti-semita, um sádico, que se envolveu totalmente em massacres de judeus europeus», disse Efraim Zuroff.
Segundo o centro Wiesenthal e a imprensa internacional, após a guerra Brunner fugiu para Damasco com o nome de "Georg Fischer". A Alemanha e outros países pediram a sua extradição, sem sucesso.
Após o provável falecimento de Brunner, o criminoso de guerra nazi mais procurado é agora Gerhard Sommer, um antigo oficial da 16ª Divisão SS Reichsführer, condenado à revelia em Junho de 2005 a prisão perpétua pela morte de 560 civis italianos na Toscana (Itália).
diariodigital.sapo.pt
|